"BIOGRAFIA"

"Maria Fonseca"

 

 

Maria Fonseca - Nasci em Lisboa, filha de pai português e de mãe alemã.

Sempre gostei muito de ler e ouvir o meu Pai declamar os lindos poemas da sua época que ficaram no meu ouvido germinando e inspirando a minha adolescência.
Nessa altura eu escrevia com facilidade e a escrita chegou a apresentar-se-me como uma vocação a seguir. No entanto acabei por escolher o ramo científico e tirei o curso de engenharia químico - industrial no Instituto Superior Técnico, em Lisboa.

Trabalhei primeiramente em Portugal e segui depois para o Brasil, onde me empreguei numa empresa industrial no Estado do Rio de Janeiro. Mais tarde voltei a Portugal para casar e segui novamente para esse lindo país que constituiu uma segunda pátria para mim. Nasceram duas filhas e mais tarde uma terceira já em Lisboa, após o nosso regresso.

Na realidade a escrita foi esquecida numa vida inteiramente dedicada à família e ao trabalho. Mas sonhava em voltar a escrever quando para tal tivesse oportunidade. E foi com muita satisfação que me aposentei e decidi que tinha chegado o momento de me dedicar às letras. No entanto ainda houve muita perplexidade quanto à maneira de aproveitar os meus anos dourados.

Só após o nascimento dos meus netos me inclinei para a poesia, que leio, estudo - frequentei um curso de Arte Poética. - e procuro escrever. Reencontrei a inspiração na observação do quotidiano. Privilegiando as quadras de sete sílabas – redondilhas maiores, e por vezes o soneto, propus-me cantar as crianças, as aves, as flores, o mar, a fé e tudo o mais que me sensibiliza.
Estou muito agradecida a toda a minha família e a todos os meus amigos que tanto incentivo me têm dado para continuar.

Na Internet tenho grandes amigos (as) que se prontificaram a publicar os meus escritos nos seus sites, dos quais destaco:
Magriça - Grace Spiller em verso e prosa; Recanto das Letras; Avspe – Academia Virtual da sala dos poetas e escritores da qual sou membro efectivo; “Confrades da Poesia
O meu site REDONDILHAS – Poemas de Maria da Fonseca.

Matizes de Ternura, Impressões de Luz e Cor, Momentos de Harmonia, Este Meu Sentir e A Cantar a Natureza são publicações da minha autoria, registadas na Inspecção-geral de Actividades Culturais do Ministério Português da Cultura.

 

Site: http://poesiadanatureza.blogspot.com/

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Meu Mar
 
 
 
Procuro a inspiração
Para te cantar, meu mar.
Olho-te com afeição,
Anseio não te deixar.
 
 És de um azul precioso,
Nem uma nuvem no céu.
Um veleiro valoroso
Passa ao largo do ilhéu.
  
Elegante a deslizar
Leva as velas enfunadas.
Soberbo, feliz no mar,
Fende as ondas prateadas.
  
Em curvas suaves planam
As gaivotas sem esforço,
Também contigo se irmanam
Vogando sobre o teu dorso.
  
E na arriba, além
'Stão os seus ninhos pousados,
Cada pai e cada mãe
Com seus filhos vigiados.
 
Quero reter esta imagem,
Ó meu mar, ó meu encanto,
Recordar a paisagem
Que inspirou este canto.
 
 
Maria da Fonseca - Lisboa
 
 
 
 
 
 
 
 
O mesmo sorriso
 
 
 
Um sábado dos nossos finalmente
Em que existes apenas para mim!
Olhamos os lilases docemente,
Os que, mais belo, tornam o jardim.
 
 
Meu coração 'inda vibra fremente
Como no tempo em que, de carmesim
O rosto se cobria, de repente,
Turbado por me sorrires assim.
 
 
Andávamos felizes de mão dada
A ver o que of'recia a natureza.
Hoje ando em teu braço apoiada,
 
 
A admirar das flores, sua beleza,
Sentindo ainda a alma bem amada,
Quando o sorrir me ofertas com presteza.
 
 
 
Maria da Fonseca
 
Que Presente Apreciado!
 
 
 
Ameixoeira bendita
Mas que belos frutos dás!
Macios, doces, saborosos,
Do que meu Deus é capaz!
  
Agora ‘stão no cestinho
Já maduros, tentadores,
Como resistir-lhes posso,
Sendo assim prometedores.
  
São jóias da Natureza
Que a minha Amiga ofertou.
Outras pendentes do ramo,
O meu olhar alegrou!
  
Ameixas ‘scuras, vermelhas,
Redondinhas, sumarentas,
Da mão à boca num ai.
Pois se é assim que me tentas!
  
Com o cestinho vazio
Eu tas venho agradecer.
Se mais tiveres pra dar
Não as deixo apodrecer.
 
 
 
Maria da Fonseca - Lisboa
 
 
 
 
 
CANÇÃO TRISTE

 

Depois da chuva, eu seguia
Apressada, saltitante.
Levava também receio
Da tempestade distante.

Porém, como por encanto,
Ergueu-se no espaço a voz
De uma estranha mulher,
Cantando pra todas nós.

Uma bela melodia
Soava no ar lavado.
Era apelo dolorido
Dum coração magoado.

" Dê-me trabalho, Senhora,
Que eu não quero roubar…
Tenha dó desta infeliz,
Preciso de trabalhar."

Dotada de dom sem preço,
Encheu de magia a praça,
Provando assim possuir
Algo mais do que a desgraça.

À procura de moeda,
Eu, no bolso remexi,
De muito menor valor
Que o momento que vivi.

Ao passar pela mulher,
Estendi-lha, envergonhada,
A magia da canção
A perder-se, perturbada…

 

Maria da Fonseca - Lisboa
 

"CONFRADES DA POESIA"

www.osconfradesdapoesia.com