"BIOGRAFIA"

"Maria Dulce Saldanha"

 
Maria Dulce Castanheira Santos Saldanha; nascida em Lisboa a 24 de Fevereiro de 1943.  Começou a gostar de poesia ainda muito novinha, ao ler os sonetos da Florbela Espanca.
O seu primeiro poema, foi precisamente um soneto, influência da poesia de Florbela Espanca.  
Foi escrevendo e rasgando, hoje está arrependida de o ter feito.
Sempre achou que não escrevia nada que valesse a pena, até que uma amiga leu um poemeto seu e a incentivou. Também pinta uns quadros e gosta muito de ler e ouvir boa música.
No MSN foi a fundadora do Grupo «AMIZADEEPOESIA»; onde fez muitos amigos. Participou em grupos de poesia, tais como “Poetas Del Mundo”; “Recanto das Letras” e outros. Actualmente ligada -  “Horizontes da Poesia”;  “Confrades da Poesia
Tem participado em várias Tertúlias Poéticas.
 
Bibliografia:
Em 2008 editou o livro  “Versos Simples Como Eu” e tem um segundo pronto para editar.
 
Sites.:
 

QUANDO EU FUI
 
 
Quando eu fui barca perdida
tu foste o meu farol,
quando brilhou minha vida
foi quando foste o meu sol.
 
Quando fui estrela no espaço
acarinhada p'lo Céu,
embalada em teu regaço
minha luz resplandeceu.
 
Do teu jardim fui flor
em canteiro cultivada
com cuidado e muito amor,
 
Agora, sinto-me amada,
se este amar não traz dor
eu sinto-me abençoada.
 
Dulce Saldanha
 
 
 
O FADO
 
O fado andou um dia
por Alfama, Madragoa,
passou pela Mouraria,
cantou a nossa Lisboa.
 
Tangiam sons de guitarra
murmúrios... notas dolentes,
como a saudade se amarra
a momentos, não presentes.
 
Foi cantado horas mortas
até pela fidalguia,
que o ia cantar às hortas
e ouvir a Rosa Maria
 
Fadista que era um primor
que a todos encantava,
por quem se perdeu de amor
o conde de Marialva
 
Da Severa se enamorou
e muito a ela se deu
o fado abandonou
no dia que ela morreu.
 
Dulce Saldanha
 
 
 
SE EU FOSSE POETISA
 
Se eu fosse poetisa
iria um dia escrever
sobre o que Deus criou,
ao criar a Natureza
em toda a sua beleza
Ele tudo nos deixou.
 
Criou os rios e montes,
lagos azuis e as fontes,
desertos e pradarias,
Se eu fosse poetisa...
eu iria descrever
se conseguisse dizer,
nas mais lindas poesias.
 
Dulce Saldanha
ETERNOS AMANTES
 
 
Quando a lua apareceu
logo o Sol se recolheu
viram-se só por momentos,
estão ambos enamorados
e mesmo apaixonados
escondem os sentimentos.
 
Ela aparece...ele vai,
de repente a noite cai,
negra, que é a cor da dor,
fica a lua a esperar
até o sol despontar
p'ra rever o seu amor.
 
 
Dulce Saldanha
 
 
 
 
Fecho a dor a cadeado
 
Fecho a dor a cadeado
p´ra não a deixar entrar,
pode querer forçar a porta,
mas se uma paixão está morta
não tem espaço para ficar

Mas, se um vento traiçoeiro
me trouxer a ansiedade,
não me vai crucificar,
eu desvio o meu olhar
e mando embora a Saudade
 

Maria Dulce Saldanha
 
 
 
 
O teu olhar me incendeia
 
O teu olhar me incendeia
És p’ra mim a lua cheia
Numa noite de luar
A tua boca me enche
Num beijo que me preenche
E assim te quero amar
 
Um mundo que fosse meu
Para que o olhar teu
Só a mim pudesse ver
A mais ninguém ele via
Para não haver um dia
Que te pudesse perder!
 
 
Dulce Saldanha
 
 
 
 
 
 

"CONFRADES DA POESIA"

www.confradesdapoesia.pt