"BIOGRAFIA"

"Luís da Mota Filipe"

 
Luís António Silvestre da Mota Filipe, nasceu em Lisboa a 7 de Agosto de 1970, Cidade à qual dedica enorme carinho, visitando-a e percorrendo-a incessantemente buscando nela muita da sua inspiração poética. Filho de País naturais da Região Saloia de Mafra e Sintra.
 
A infância e a adolescência viveu-as entre aquela que diz ser sua Aldeia de sempre e para sempre – Anços (Montelavar) – onde actualmente vive, e a Vila de Sintra.
 
Concluiu o 12ºano de Escolaridade na Escola Secundária de Santa Maria de Sintra e Frequentou o Curso de Sociologia, em Lisboa, no Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa – ISCTE.
 
Cumpriu o Serviço Militar no Regimento de Artilharia de Lisboa – RALIS.
No campo profissional, desempenha desde 1998 as funções de Técnico de Emprego, no Instituto do Emprego e Formação Profissional - IEFP.
A nível da Escrita, tem um gosto particular pela Poesia e pela Prosa, tendo escrito o seu primeiro poema em 1991 numa noite de serviço militar, desde então tem visto os seus trabalhos publicados na Imprensa Local e Regional, ao mesmo tempo que vem participando em Antologias / colectâneas e diversas tertúlias e encontros poéticas assim como concorrendo a vários concursos de Jogos Florais, obtendo alguns prémios e menções honrosas.
Participou como Letrista de Fados, Marchas e canções, para peças de Teatro de Revista à Portuguesa, entre os anos de 1996 e 2006.
Colabora assiduamente na rubrica poética “ Espaço Aberto”, do Site: Varanda das Estrelícias e também no site: Recanto das Letras. Actualmente é membro de "Confrades da Poesia".
 
É sócio da União Lusófona das Letras e das Artes – U.L.L.A. - Ainda no campo das artes, tem dedicado parte do seu tempo ao Canto (Fadista) e à representação (Actor) – essencialmente em Teatro de Revista Amador; assim como à área da Fotografia da qual também é um apaixonado.
 
BILIOGRAFIA:
«O Despertar dos Sentidos» Março de 2009 - Prevê lançar um novo livro de poesia e prosa, no Outono de 2010.
 
Site: - http://luismotafilipesintrense.blogspot.com/
 

COISAS DA VIDA
 
 
 
 
Coisas,
Que digo, transporto, relembro,
Que mudo, guardo, ofereço,
São pois, assim, minhas, tuas, deles,
Nossas e vossas também.
Vidas cruzadas, vividas,
Fingidas, amadas, floridas,
Aqui, agora, longe, além.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALÉM…MAIS ALÉM…ALENTEJO
 
 
Além…mais além,
Uma Terra, uma planície,
Um monte, um montado,
Um forte, um castelo,
Uma muralha, uma arcada;
 
Além…mais além,
Uma seara, uma espiga doirada,
Um pastor, um rebanho que pasta
Um casario, um branco de cal,
Uma rua, uma antiga calçada;
 
Além…mais além,
Uma bilha de barro, uma fonte caiada
Uma açorda, uma cozinha farta
Um sol que teima queimar, um terreno cansado
Um sobreiro que abriga, um homem que descansa
 
Além…mais além,
Uma malga de açorda, uma chaminé que fumaça
Um olival, um lagar de oiro,
Um lenço, um rosto enrugado,
Uma cantiga, uma alma alentejana,
 
Além…mais além…Alentejo.
 
 
 
AQUELE MAR
 
 
Aquele mar,
 
Onde em noite quente de verão,
O calor também fez parte,
Da nossa louca paixão,
 
Aquele mar,
 
Que recebeu a brisa suave
E que ao sabor do vento
Destruiu a nossa saudade
 
Aquele mar,
 
Onde nas areias molhadas
Fizemos a nossa cama
Com colcha de algas salgadas
 
Aquele mar,
 
Que nos tocou e beijou
Foi de seguida contar
Às rochas o que encontrou
 
Aquele mar,
 
Que mais do que água
Foi o mar onde te encontrei
E acima de tudo
O mar onde te amei.
 
 
 
 
 
 
 
 
LEMBRANDO UM OUTONO
 
 
O Outono chegava,
Trazendo consigo as marcas da saudade,
Do outro Outono que passou,
Desse tempo que acabou,
E que nunca mais voltou.
Mas este Outono,
Trouxe também recordações,
Dos momentos vividos na escuridão,
Em que da noite se fez dia,
Apenas com a chama da paixão.
Este frio que se aproxima,
E o sol que não me aquece,
Deixam em mim as lembranças,
De um amor que não se esquece.
CARROCEL
 
Roda que roda,
Gira que gira,
Roda girando,
Gira rodando;
São voltas e voltas,
Subindo e descendo,
São voltas mais voltas,
Descendo e Subindo;
Faz rir e saltar,
Soltar gargalhadas,
Meninas alegres,
Meninos contentes;
Roda que roda,
Gira que gira,
Roda girando,
Gira rodando;
Faz rir de alegria,
Sem parar de andar,
Numa teimosia,
De também querer brincar;
Roda que roda,
Gira que gira,
Roda girando,
Gira rodando.
 
 
 
 
 
 
 
O XAILE É FADO
 
O xaile é fado
Abraçando o povo
Marca de um passado
Mesmo em fado novo
 
 
A rigor todo franjado
Fiel ás fadistiçes
Quando de renda ou bordado
É traçado com meiguices
 
 
Por ser preto, é conhecido
Quase sempre a sua cor
Seu valor bem merecido
Por ser saudade, destino e amor
 
 
É companheiro da canção
Mais nobre de Portugal
Enche-nos de emoção
Aqui ou noutro local.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOTA DE ORVALHO
 
Gota de orvalho…
 
Noite orvalhada,
Em jeito de ternura,
Fresca madrugada,
Pingo de frescura.
 
Gota de orvalho…
 
Prado verdejante,
Em lençol de esperança,
Jardim refrescante,
Que acolhe a criança.
 
Gota de orvalho…
 
Salpico de pureza,
Em perfeita harmonia,
Bênção de riqueza,
Antes de ser dia.
Gota de orvalho…
 
Repousa ligeira,
Na flor delicada,
Em dócil maneira,
Salva a planta amada.
 
Gota de orvalho…
Gota de frescura,
Gota de ternura,
Gota de pureza,
Gota de riqueza.
 
Gota de orvalho…Gota de Vida!
 

 
 
 

"CONFRADES DA POESIA"

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