"BIOGRAFIA"

 

"José Catalão"

 

José Eduardo Lopes Catalão – nome literário “José Catalão” - nasceu em Elvas, no dia 05-03-1945. Aos três anos de idade, foi viver para Vila Boim a concluir a primária; aos 10 anos, ingressou no Seminário de Vila Viçosa e, anos mais tarde, na EIC de Elvas; mais tarde, depois de regressado da guerra colonial, frequentou a Escola Veiga Beirão e o Inst. Politècnico da Covilhã. Foi funcionário público e bancário.
Foi deputado Municipal na Covilhã e +residente da A.F. de Teixoso, sendo sócio-fundador do Clube de Campismo da Covilhã, do Centro Cultural do Teixoso e da Associação de Pais e encarregados de Educação da Escola Secundária da mesma vila.
Colaborou nas seguintes obras:
 * "Raia Luso-Espanhola" - colectânea de Literatura e Artes (2020), de Imagem e Publicações
* "Cultura sem Fronteiras" - colectânea de Literatura e Artes (2021), de Imagens e Publicações,
* "Abraço de Culturas# - Colectânea de Literatura e Artes (2022), de Imagens e Publicações, todas com coordenação literária de
    Graça Foles Amiguinho.
 
* "MUNDO(S)  Colectânea de Poesia Lusófona (Livro 9), Edições Colibri, 2020
* "MUNDO(S)  Colectânea de Poesia Lusófona (Livro 10). Ediºões Colibri, 2020 e
* "MUNDO(S)   Colectânea de Poesia Lusófona (Livro 12), Edições Colibri, 2021, com coordenação literária de  Ângelo Rodrigues-;
* "Liberdade"- Antologia de Poesia Livre - CHIADO Books - 2021,- Volume II,
* "Alma de Mar"- Antologia de Literatura Contemporânea - CHIADO Books - 2021 - Volume i, sob coordenação literária de Florival Gonçalves; e
  "Entre o sono e o sonho" - Antologia da Poesia Portuguesa Contemporânea - CHIADOBooks- 2021 - Volume II, sob coordenação      literária de Gonçalo Martins.;
* "No Calor da Poesia ... a Esperança" - Colecção de Poesia, Vol. Edições Vieira da Silva, 2021 e
* "No Calor da Poesia ... a Esperança" - Colecção de Poesia, vol. 2, Edições Vieira da Silva, 2021, sob coordenação literária de A       Alexandre Carvalho.
É membro de:; "Confrades da Poesia" - Montemor o Novo.

Bibliografia:
" CAMINHO" (1,ª e 2^edições - 2021). - Edição de Autor -Imagem e Publicações
 

Sites e Blogs:

https://www.facebook.com/joselcatalao

 
 
 
OCASO
 
 
     
Ansiosos, os olhos vão varrendo
a linha do horizonte, o casario,
os cacilheiros a cruzar o rio,
em busca duma luz que vai morrendo.
 
Negras nuvens se adensam lá ao fundo,
num prenúncio de fera tempestade.
O dia vai caindo e a claridade
esconde-se no mar em que me inundo.
 
Chegado ao fim dos dias agendados,
resta apenas, os olhos bem cerrados,
olhar o céu azul e a bonança
 
e, como um fluido só, evaporar,
como uma gota de água no alto mar,
perder-me na memória, na lembrança…
 
 
 
 
José Catalão - Almada
 

 

 

Aparição
 
 
 
Esta alva aparição que me visita
é alma pura ou anjo protector
que me vem consolar nesta desdita,
que me vem consolar na minha dor.
 
Nunca te vi mas sei-te bela flor
do meu jardim onde adormece o sol,
onde adormeço, exausto, sem rancor,
vela de barco em busca de farol.
 
Hei-de encontrar-te um dia, sem esperar,
e, sentado debaixo das palmeiras,
cantar-te-ei cantigas verdadeiras,
daquelas que os avós sabem cantar.
 
São melodias de curar saudades
que não deixam ninguém indiferente,
que atravessaram vidas e poentes
cantando sempre e só puras verdades.
 
 
 
José Catalão – Almada

 

Alentejo
 
 
Este Alentejo florido
Com muitas cores e matizes
É terra que tem sofrido
Mas vive dias felizes.
 
Casas rasteiras e brancas
Duma alvura de invejar
Portas abertas e francas
Pra quem se quer abrigar.
 
O pão em cima da mesa
Pra servir a quem chegar
É um gesto de nobreza
De quem nada tem pra dar.
 
É gente de mãos abertas,
 recebe com fidalguia.
Tem sempre palavras certas
E trata com simpatia.
 
Tem alma esta planura
de moura linda e trigueira,
tem a calma e a doçura
dos olhos de uma ceifeira,
 
O sino toca na aldeia.
É um convite a rezar.       
Senhora de graça cheia
Por todos está a zelar.
 
 
José Catalão - Almada
 
 
 
 
 
A minha janela
 
 
 
Da minha janela aberta
vejo o alvo casario
da cidade, o mar e o rio,
vejo a manhã que desponta
com cheiros, pregões e cores,
o quiosque dos jornais,
a vendedeira de flores;
ouço o canto dos pardais
saltitando pelos beirados;
num vai-e-vem incessante
vejo barcos apressados
levando apressada gente
na ânsia de ir à vida.
 
A vida faz-se entre margens
num rodopio rotineiro.
Corre o tempo e o veleiro
rasgando as águas do Tejo,
traz nas velas enfunadas
sonhos, almas e desejo.
 
 
José Catalão - Almada
 

"CONFRADES DA POESIA"

www.confradesdapoesia.pt