"BIOGRAFIA"

"Quim d'Abreu"

 

Joaquim Francisco Mendes Abreu; usa o nome literário “Quim d’Abreu
natural de Portela do Fojo, concelho de Pampilhosa da Serra; nascido a 2 de Março de 1952.
Estudou Sociologia do trabalho em Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP-UTL) - Anterior: Escola Comercial Patrício Prazeres.
Exerceu actividade profissional na Segurança Social - está aposentado.
Gosta de música clássica e romântica.
Abraça a poesia, com os seus versos poéticos expressando o seu verdadeiro estado de alma.
É membro de “Confrades da Poesia” - Amora / Portugal
 

 

BIBLIOGRAFIA:
“Um amor azul” – “Passos (poemas) que dei” . “A barca dos sonhos”

 

Sites e Blogs:
Páginas no Facebook: Joaquim Abreu - criou e administra o grupo “Portugal ninho de poetas”
 

Canto à Humildade
 
 
Eu canto as árvores,
Mesmo os troncos secos também...
...Que nem só de flores é feita a vida,
E tão pouco a morte.
 
 
Quim d ' Abreu - Almada
 
 
 
 
 
Ecos da Primavera
 
 
 
Há no teu olhar
Uma Primavera em flor,
Uma oferta d'amor,
Um intenso desejo d'amar.
 
Há no teu olhar
Andorinhas a caminho
De morarem no fofo ninho
Onde tu sonhas morar.
 
Há no teu olhar
Um brilho de diamantes,
Um futuro feito d'instantes
Que abrigam o sonho bom de o dar.
 
Há no teu olhar
Uma fonte jorrando prazer,
Onde só bebe quem souber
Entrar em ti por ele e, ficar.
 
 
 
Quim d’Abreu – Almada
 
 
 
 
 
Ecos D'Outono
 
 
Soltam-se uma a uma de ramos entristecidos
E tombam lentamente no frio do chão escuro
Como em tantos Outonos pelo tempo perdidos
Nos parques da infância que ainda procuro.
Soltam-se assim em silêncio e depois vão
Como leves plumas a ondular suavemente
Sentindo o cheiro da terra húmida do chão
Como se se dessem d'amores ardentemente.
Soltam-se como se desse fugaz movimento
Pudessem tantas vidas e mil sonhos depender
Ou todo o universo se renovasse no momento
Envolto em imensa e louca vontade de viver.
Soltam-se como sendo o coro de um salmo
Em louvor de tantas e tão doces recordações
Ao soltarem-se quais ecos d'Outono calmo
Mais parece que se vão prender aos corações.
 
 
Quim D’Abreu – Almada
 
 
 
 
Olhos nos olhos
 
 
Se o olhar se estende extasiado
sobre o verde e amarelo dos girassóis
Ondulantes, altivos criadores de movimento;
É porque pára cativado pelo teu.
 
Se o olhar se prende ao regato sussurrante
E descobre a melodia do coachar das rãs
Abrindo o sol, ondeando nenúfares;
É porque se queda deslumbrado no teu.
 
Se o olhar se entende com o silêncio sereno
Da noite vestida com vestes de luar
Acariciando sonhos lindos de madrugar;
É porque se pode enamorar do teu.
 
 
 
 
Quim d’Abreu – Almada
Eternidade
 
 
Que nunca tanto uns olhos choraram
Nem mesmo um coração ainda que forte
Tantas e tão sentidas dores suportou;
Que só entendem o amor os que já amaram
Aqueles que só esquecerão pela morte
O que esquece em vida quem nunca amou.
Que nunca as lágrimas foram tão sentidas
Nem tão bem mostraram no rosto magoado
A imagem triste duma alma torturada;
Que só há solidão nas almas abandonadas
Ao destino de quem nasceu malfadado
Para jamais ter a felicidade desejada.
Que nunca o poeta sentiu na mão a dor
Gerada no cansaço de tanto escrever
Sobre o que da vida se não vê mas sente;
Que não haverá nunca Primavera sem amor
Nem a mais simples flor ao amanhecer
Deixará de o inspirar e ser eternamente.
 
 
 
Quim  d’Abreu - Almada
 
 
 
 
 
Mãe
 
 
Ventre dado numa entrega total
A outra vida como se fosse
No universo a coisa mais doce
O aconchego do ventre maternal…
 
…Ventre que ama o ser que gera
E transporta às vezes doridamente
Aguardando com amor pacientemente
O nascer do ser que do amor espera…
 
…Ventre órgão como outro qualquer
Mas tão diferente afinal
É que sendo fonte de vida natural
É princípio e fim do mistério da mulher…
 
…Mulher. Amor. É.
 
 
Quim  d’Abreu - Almadao
 
 
 
 
 
 
 
Mulher, Lonjura…
 
 
 
Vestida de branco, em tela d’esperança,
Odorisas os desejos quando sugeres
O amor urgente para além do mistério.
E o tempo, impaciente,
Grita o manifesto dos sentidos
Afirmando a tua exigência de prazer.
Vestida de negro, em tela de dor,
Personificas a revolta quando denuncias
A insensatez com que te roubam
Pedaços, frutos, gotas de ti.
E o tempo, lentamente,
Grita o manifesto dos sentidos
Vincando a tua exigência de paz.
Vestida de cinza e verde, em tela quente,
Humedeces os olhares quando dizes
Carinho no ventre das palavras.
E o tempo, desesperadamente,
Grita o manifesto dos sentidos
Demarcando a tua exigência de silêncio.
Vestida de transparência, em tela de nudez,
Adoças os sonhos quando acaricias
O momento bom de dar e receber.
E o tempo, decididamente,
Grita o manifesto dos sentidos
Libertando a tua exigência de liberdade.
Mulher, lonjura de mar, onda de veludo,
Quando rasgas o corpo
És sopro de sensações vestidas de azul.
 
 
 
Quim d’Abreu - Almada
 
 
 
 

"CONFRADES DA POESIA"

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