"BIOGRAFIA"

 

"Casimiro Soares"

 
Casimiro Soares –Nasceu a 11 de janeiro de 1942; natural de Vieira do Minho. Estudou no Liceu Salazar em Lourenço Marques; Oficial de Marinha.
Não sendo poeta, Casimiro Soares gosta de falar com os poetas e com gente que, não o sendo por estatuto, o é potencialmente.
Tem alma de poeta; eis a razão porque pertence a um grupo de amigos da poesia que se junta na Universidade Sénior do Seixal (UNISEIXAL) formando a turma de alunos de Poesia e Recitação Poética...
A música é o seu bem-estar de alma. Gosta de cantar e tocar viola. Enquanto navega pela Internet é um fã da "Rádio Filhos da Escola" (Marinha);  e da "Rádio Confrades da Poesia" em Amora.
Actualmente é membro de “Confrades da Poesia” Amora / Portugal
 
BIBLIOGRAFIA:
“Confidências…poéticas”
 
 
Bênção Maternal
 
 
Às vezes, qual poeta, ando sem norte,
Procurando o teu rosto que me acalma,
Em tardes escaldantes ou amena alva,
Qual deserdado em busca de outra sorte!
 
Oh! Como eras jovem, bela e forte!
Oh! Mas quantos desgostos te iam na alma!…
Porém, sempre vi amor na face calma,
Desdita suportando sem desnorte!
 
Tua imagem encontro quando, asinha,
Em brisas suaves vens, sempre meiguinha,
Amenizar a minha solidão!…
 
Jamais te apartarás de mim, mãezinha!...
A bênção, doce amor, doce rainha,
Te peço nestes versos de emoção!...
 
 
Casimiro Soares - Amora
(in Confidências Poéticas)
 
 
 
 
 
Gesta e Silêncio
 
Quando eu já não tiver a quem amar
E já ninguém meus poemas quiser ler.
Quando eu já da gente boa me esquecer
E a piedade a todos inspirar…
 
Quando eu já não puder o amor cantar
E o bom combate não puder fazer.
Quando ao gritar verdades eu tremer…
Só o silêncio da gesta vai restar!
 
Nunca pedi de esforço a dispensa.
Privilégio algum quis de ninguém.
De passar mero vulgo vi apetência!...
 
Deixarei do meu estro a presença
Do mais nobre que a Vida sempre tem
E por amor nos faz feliz avença!
 
Casimiro Soares - Amora
(2015)
 
 

Sensatez

 

Não seremos assim tantos
A concorrer para o bem,
Pois devia-mos ser santos
P’ra ninguém tramar ninguém,
Nem andar por quaisquer cantos
A ferrar o pé de alguém.

Tenho pena que ande alguém
A hipocrisia exibindo,
Fingindo estar tudo bem
Sabendo estar desavindo;
Na “bola” tento não tem
Precisa luz do Divino!

Retiremos os escolhos
Que nos toldam a razão,
Depois, sim, olhos nos olhos
E amor no coração,
As graças virão aos molhos
Com o mútuo perdão.

 

Casimiro Soares - Amora

DIFERENÇAS SÉNIORES
 
 
Ao ver rabinho de saia
Deseja-se que o colchete
Se abra e que a saia caia
Mais depressa que o foguete!
 
E se a mulher for bonita
Desperta logo na tenda
Utente que alerta fica
Enquanto aquela lembra!
 
Não irá ser sempre assim
Mas a medicina tenta
Sexualidade sem fim
Mesmo depois dos noventa!
 
Contudo o tempo desgasta
Nos homens cria dif’rença
P’ra notar apenas basta
Ter sessenta ou ter setenta!
 
Afirma a mulher atenta
E experiente na ementa,
Que o de sessenta se tenta
E o de setenta se senta!
 
Setentas, há que ser franco,
Também mulher já não ri,
Pode fingir, não dar flanco,
Mas tu não, repara em ti!
 
 
 
Casimiro Soares - Amora
(in "confidências poéticas")
 
 
 
 
 
No momento do tempo
 
 
Diverte-te
Não leves a vida tão a sério
Porque não sorris?
Diverte-te
Goza sem medida
a vida;
Dança, beija …
Sê feliz
No momento
Do tempo.
 
A vida é curta
Quebra o rigor das regras
Perdoa sem demora,
Rapidamente
E, suavemente
Beija de verdade
Sem controlo do tempo
Mas de vontade
Sem desabrir
Sem mentir.
 
E nunca te arrependas de fazer
Algo que te faça viver
E sorrir
No momento
Do tempo.
 
 
 
Casimiro Soares - Amora
 
 

 
 
 

"CONFRADES DA POESIA"

www.confradesdapoesia.pt