"BIOGRAFIA"

"António Barros Silva"

 

António José Barros Silva – usa o nome literário de “Herculano Montagreste”; Viúvo e Aposentado. Natural de Ota, Alenquer, Lisboa - Nascido a 4 de junho de 1947. Alistou-se na Armada Portuguesa, como Fuzileiro; fez várias comissões em Angola e Guiné e chegou a Sargento-Ajudante. Na Guiné-Bissau fez parte de um Conjunto “Gávea Alta”; criado pelo Capelão Delmar Barreiros. Foi instrumentista de viola solo e baixo. Na vida civil fez parte da “Banda Amplitude”. Tem um gosto pela poesia, e vai escrevendo uns versos da vida que lhe apraz viver. Participa no Boletim mensal “Confrades da Poesia”. É aluno da Universidade Sénior de Alenquer, como instrumentista. Atualmente é membro de “Confrades da Poesia” – Montemor o Novo

http://www.confradesdapoesia.pt/Biografia/AntonioBarrosSilva.htm

 
Bibliografia: Sem livro editado
 
Blogs: -
https://www.facebook.com/antonio.barrosdasilva.1
 
Crina de Azeviche
 
 
Sulcadas enormes fundações
Aprumadas chancas vigas e postes
Esquadrias lintéis ripas e barrotes
Aprontados telhados e vedações
 
Prateleiras em carreiras de pelotão
Paramentos utensílios do mundo
Artefactos e materiais de construção
Vitrinas na entrada e mais ao fundo
 
Estás linda na caixa registadora
Negra íris de tentação e juramento
Crina de azeviche musa sonhadora
 
Trinta anos são a nossa distância
Meu arcaico coração em lamento
Perecido em teu lago de ânsia.
 
 
 
Herculano Montagreste
Alenquer
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tu meu soneto
 
 
 
Doze meses sem eu te ver
Um ano de tamanha solidão
Partiste, foste sem nada dizer
E contigo levaste meu coração
 
Também metade de mim
Voou e foi para o espaço
Não consigo viver assim
Sem teu amor e teu abraço
 
Chega de tanta saudade
Quero contigo me juntar
Aguardo que o dia venha
 
E devolvas minha metade
Para num ápice te abraçar
E afastar esta dor tamanha
 
 
 
Herculano Montagreste
Alenquer
Leviandades
 
Palavras dispersas pelo ar
Promessas disseminadas
Anfiteatro parlamentar
Diversidade nas bancadas
 
Num jogo limpo sem falsidades
Os vencedores devem comemorar
Coroas de louros são leviandades
E aos vencidos devem dignificar
 
Esgrime-se palavra gramatical
Na discussão dos pregadores
Provocam morte súbita verbal
Enaltecem-se os transgressores
 
 
 
Herculano Montagreste
Alenquer
 
 
 
 
 
 
 
Povo ingénuo
(Música do Fado Vitória)
 
Povo que acreditas no rio
E o Costa com seu machado
Constroem o teu caixão
Ficas sempre bem tramado
 
Há aqui quem te defenda
Quem guarde teu chão amado
Tua vida e a tua liberdade
Fica tudo bem guardado
 
Eles têm uma mesa redonda
O judas ventura na mão
E um lugar onde se esconda
Fascistas e sua podridão
 
Sujam-te de lodo e de lama
Dão trabalhos sem condição
Tiram-te os filhos da cama
E vão roubando o teu grão
 
Povo, povo, eu te pertenço
Não queiras mais incenso
Nem mentiras de patrão
Mas sim trabalho e pão
 
 
 
Herculano Montagreste
Alenquer
 
 
 
 

"CONFRADES DA POESIA"

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