"BIOGRAFIA"

"Amélia Ferreira"

 
 
 
Amélia Maria Frade Ferreira – usa o nome literário de Amélia Ferreira – nasceu a 9 de Abril de 1951 em Santarém. Oriunda de uma família honrada, mas pobre. Completou a instrução primária. A residir em New Jersey.
O seu gostar pela música, está virada para o folclore português, onde foi fundadora de um grupo musical, rancho “Atalaiense” de Atalaia, Almoster – Santarém. Tem como hobby o ponto cruz que faz parte da sua terapia. Adora ler livros e quando jovem levantava livros da fundação Gulbenkian. Gosta de escrever poemas de amor o seu tema favorito. Destaca um poema “Minha Filha” de há 22 anos. Os seus poetas favoritos são: António Aleixo; Fernando Pessoa; Sofia de Melo Breyner; Florbela Espanca; Saramago; David Mourão Ferreira. Apraz-lhe amigos em sua lista como: Telmo Montenegro; José Chilra; Vítor Castanheira, entre outros…
Actualmente é membro de “Confrades da Poesia” – Amora / Portugal.
 
E-mail:
 
Bibliografia:
Não tem livros editados.
 
MINHA FILHA
 
 
Minha filha preciosa
Inteligente e teimosa
Ladina da minha vida
Minha menina querida
 
Meu bébé, me vai fugindo
Vai crescendo sempre rindo
Já nem sempre na minha mão
Hoje, fez a primeira comunhão
 
E neste dia tão lindo
Olho para ti sorrindo
E te vejo desabrochar
Como conto de encantar
 
Minha filha, o que é preciso
Que mantenhas, o sorriso
A inocência, a candura
Porque a vida será dura
 
Neste meu conto de fadas
Não encontro as palavras
Para dizer tudo que sinto
Mas decerto que não minto
 
Meus filhos são meu valor
Meu orgulho meu amor
Sua alegria e sorriso
É tudo o que eu preciso
 
 
Amélia Ferreira - Santarém
 
 
 
PEDAÇOS DE PAPEL
 
 
Pedaços de papel
Ficaram no chão
E traços de fel
Em meu coração
 
Pedaços de sonho
Cheios de saudade
Cinzento, tristonho
Cheio de maldade
 
Pedaços de ardor
Que em gelo ficou
E de tanto amor
Já nada restou
 
Pedaços de carinho
Procurando guardar
Algum pedacinho
A que me agarrar
 
Pedaços de vida
Contigo eu perdi
Tristonha vencida
Me deixas aqui
 
 
Amélia Ferreira – Santarém
 
 
 
SANTARÉM
 
 
 
Santarém, cidade bela
Da lezíria és rainha
Vês o Tejo da janela
Lá do alto onde se aninha
 
Tens lindos monumentos
Velhinhos sem ter idade
S. Francisco Santa Clara,
Te dão beleza ó cidade
 
S. Nicolau, a Piedade
A Graça o Seminário
As tuas portas do sol
Passeio de lindo cenário
 
S. Domingos, a Ribeira
Te amam por majestosa
Tudo em redor se deleita
E dizem como és formosa
 
Teu mercado centenário
O teu coreto também
E a fonte das Figueiras
Te relembram Santarém,
 
O Milagre, e Santa Cruz,
Te protegem ó cidade
Teus conventos e igrejas
São teus postais de verdade
 
Tuas ruas paralelas
Com travessas estreitinhas
E nos beirais dos telhados
Ainda há ninhos de andorinhas
 
Os poetas te cantaram
Foste alvo de mil amores
Hoje nos jardins tens pedras
Se perderam tuas flores
 
Mesmo perdendo espaços
Estás em meu coração
Te abraço com meus braços
Rio e choro de emoção
 
Hei-de voltar para ti
É essa minha vontade
Quero morrer, onde nasci
Santarém, minha cidade
 
 
Amélia Ferreira – Santarém
AS CORES DO AMOR
 
 
O amor têm sempre cor
Tudo depende do momento
Muda de cor, o amor
Como muda um catavento
 
É escuro, acinzentado
Quando estou longe de ti
Mas ganha um tom rosado
Se tu sorris para mim
 
Logo azul, ou sonho meu
Quando te posso abraçar
Fica lindo igual ao céu
Quando me fazes sonhar
 
E se olho nos teus olhos
Quase verdes como o mar
Também assim ficam os meus
Na esperança de te amar
 
 
Amélia Ferreira - Santarém
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICA EM MEUS BRAÇOS
 
 
 
Fica em meus braços
Fecha docemente os olhos
Faz com que o tempo
Decidisse atrás voltar
Fica, volta a dormir
Enquanto eu fico a olhar
E vejo o infinito
Na cor da tua pele
E nada é tão bonito
Como no sonho...estás comigo
Até meu pobre coração
Desafia…enfrenta o perigo
E luta com a emoção
Tu és a eterna calma
Que eu nunca terei
Mais que tudo
Muito mais que sonhei
Fica em meus braços
Te quero para sempre
Consigo imaginar
A sentir-me tua
Que chegue muito tarde
Essa noite sem lua
Para romper meu coração
Tenho medo de ser feliz
De tocar o céu, com a mão
Não será para sempre
Bem o sei, meu amor
Por isso eu quero
Esta noite eterna
Antes que venha a dor
Que nunca saia o sol
Fazer o sonho, em pedaços
Fica, em meus braços
 
 
Amélia Ferreira – Santarém
 
 
 
 
 
RETROSPECTIVA
 
 
 
Nos teus olhos que são belos
Verdes cheios de esperança
Vejo neles os anelos
Dos meus tempos de criança
 
Minha ventura de amar-te
Sempre me fez companhia
No meu afã de alcançar-te
Não vi que acabava o dia
 
E a noite da minha vida
Que foi longa, tormentosa
Teu amor minha guarida
Minha lembrança saudosa
 
Assim passaram muitos anos
Meu amor da mocidade
Sem nunca encontrar valor
Para dizer minha verdade
 
Mas minha vida sem sabor
Meu penar chegou ao fim
Encontrei-te meu amor
Deus te trouxe para mim
 
 
 
Amélia Ferreira – Santarém
 
 

 
 
 

"CONFRADES DA POESIA"

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